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(São Paulo) – As autoridades brasileiras devem garantir uma investigação célere e independente sobre o homicídio do radialista Gleydson Carvalho no estúdio da emissora de rádio onde trabalhava no dia 6 de agosto, disse hoje a Human Rights Watch.


Ataques contra jornalistas no exercício de sua profissão ameaçam a liberdade de expressão e a democracia. É fundamental que as autoridades garantam a responsabilização criminal pelo homicídio de Carvalho e dos outros jornalistas mortos, assegurando que jornalistas possam fazer o seu trabalho sem temerem por suas vidas.
Maria Laura Canineu

Diretora do escritório Brasil


Carvalho, que frequentemente criticava políticos locais em seu programa de rádio e nas redes sociais, é o quarto jornalista morto no Brasil este ano. A investigação deve levar em consideração especificamente a possibilidade de Carvalho ter sido morto em retaliação ao seu trabalho como jornalista, disse a Human Rights Watch.

“Ataques contra jornalistas no exercício de sua profissão ameaçam a liberdade de expressão e a democracia” disse Maria Laura Canineu, diretora do escritório Brasil da Human Rights Watch. “É fundamental que as autoridades garantam a responsabilização criminal pelo homicídio de Carvalho e dos outros jornalistas mortos, assegurando que jornalistas possam fazer o seu trabalho sem temerem por suas vidas.”

Dois homens executaram Carvalho em uma tarde enquanto ele apresentava seu programa na Rádio Liberdade que, naquele momento, transmitia programação musical, de acordo com a imprensa local.

Em março, o jornalista de rádio paraguaio Gerardo Ceferino Servían Coronel foi baleado e morto na cidade brasileira de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Em maio, o blogger Evany José Metzger foi encontrado decapitado no estado de Minas Gerais e o corpo de outro radialista, Djalma Santos da Conceição, foi descoberto em 23 de maio, um dia após seu sequestro na Bahia. Os corpos de ambos tinham sinais de tortura. Ambos eram conhecidos por denunciarem casos de corrupção.

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